Pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram uma interface cérebro-computador não invasiva que seria capaz de converter os pensamentos de uma pessoa em palavras a partir de varreduras cerebrais.
A tecnologia apareceu na revista Nature Neuroscience na última segunda (1). Ela está no início de seu desenvolvimento e vem de estudos com apenas três voluntários, mas eventualmente poderia ajudar pessoas com lesões cerebrais ou paralisia a recuperar a capacidade de se comunicar, segundo os pesquisadores.
Já existem algumas interfaces cérebro-computador para traduzir a atividade cerebral de um paciente em palavras, mas elas geralmente dependem de eletrodos implantados diretamente no cérebro da pessoa. Por outro lado, técnicas não invasivas – baseadas em eletroencefalogramas, por exemplo, que medem a atividade cerebral com eletrodos fixados no couro cabeludo – se restringem à decodificação de frases curtas ou palavras isoladas.
Eis o diferencial da nova interface: ela produziu frases inteiras a partir de ressonâncias magnéticas funcionais (fMRI), um método não invasivo que rastreia mudanças no fluxo sanguíneo dentro do cérebro para medir a atividade neural.
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