01/09/2024 às 10h08min - Atualizada em 01/09/2024 às 10h08min

Demissões em ‘massa’ nas creches Gigantinhos: professores denunciam perseguição e assédio com motivação política na gestão JHC

Por Agência de Notícias
©Reprodução
Uma nova onda de denúncias coloca a administração do prefeito de Maceió, JHC (PL), em foco, desta vez, com acusações graves envolvendo o Instituto Igeve, responsável pela gestão das creches Gigantinhos. Segundo relatos de professores, uma série de demissões em massa ocorreu após a equipe docente denunciar práticas de assédio moral e perseguição dentro da unidade do bairro Santos Dumont. O episódio levanta questões sobre o tratamento dispensado aos servidores e a influência política no ambiente educacional.
 
Gabriel, um dos professores afetados pelas demissões, revelou que mais de 20 colegas foram dispensados de forma abrupta e sem justificativas claras após terem denunciado o assédio moral e as práticas persecutórias da direção da creche ao Instituto Igeve e à Secretaria Municipal de Educação (SEMED). "A gente estava sendo constantemente ameaçado, com pressão para não falar nada sobre o que acontecia. Se não seguíssemos as ordens, perderíamos nosso emprego", desabafou Gabriel.
 
O relato do professor vai além das pressões no ambiente de trabalho. Ele alega que a diretoria da unidade exigiu apoio político ao prefeito JHC, que está em campanha para reeleição. Segundo Gabriel, os funcionários foram coagidos a confirmar voto no prefeito, sob a ameaça de demissão. "A diretora nos ameaçava, dizendo que se não votássemos no JHC, perderíamos nossos empregos. Eles já estavam de olho em alguns funcionários, e qualquer deslize seria motivo para demissão", relatou.
 
Resposta do Igeve
 
Em contato com a reportagem, o Instituto Igeve negou a demissão de 20 professores, confirmando, no entanto, a dispensa de seis profissionais na unidade Gigantinhos. A justificativa apresentada pelo instituto foi que os educadores "não se adequaram a algumas das normas preconizadas pela Legislação da Educação Infantil". A declaração, no entanto, não aborda as denúncias de assédio e a pressão política relatada pelos funcionários.
 
Os professores demitidos expressam indignação e frustração com a falta de justificativas claras para as demissões e a sensação de abandono por parte das autoridades municipais. "A empresa não deu nenhuma justificativa concreta, apenas nos pediu para assinar os papéis de demissão, sem explicar qual foi nosso erro", lamentou Gabriel, que agora teme pelo sustento de sua família.
 
A diretora da unidade, Bárbara Nogueira, foi procurada pela reportagem, mas afirmou que todas as informações à imprensa seriam repassadas diretamente pelo Igeve, evitando comentar as graves acusações feitas pelos professores.
 
Impacto na Gestão JHC
 
Este episódio é mais um a abalar a gestão de JHC, especialmente em um momento crítico de sua campanha para reeleição. As denúncias de perseguição e assédio, somadas à alegada pressão política dentro de uma instituição educacional, colocam em xeque a administração municipal e levantam questionamentos sobre a interferência política no serviço público.
 
Enquanto as investigações e as discussões sobre o caso avançam, os profissionais da educação em Maceió seguem apreensivos, sem garantias de segurança no emprego ou transparência por parte dos gestores envolvidos. A gestão de JHC terá que lidar com as consequências dessas revelações e as possíveis repercussões nas urnas em breve.
 
Sobre o Caso
 
As denúncias ganharam força a partir de relatos de professores que prestam serviço ao Instituto Igeve, contratado pela Prefeitura de Maceió para gerenciar o projeto Gigantinhos. As demissões ocorreram após uma reunião dos funcionários que denunciaram práticas de assédio moral à SEMED e ao próprio Igeve, o que gerou um clima de insegurança e medo entre os educadores.


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