01/08/2024 às 09h45min - Atualizada em 01/08/2024 às 09h45min

Descaso nos pontos de ônibus do Centro de Maceió indigna população

Mulheres, crianças e idosos esperam em pé, sem abrigos adequados; logística das linhas de ônibus também não atende às necessidades dos passageiros

Por Assessoria
Assessoria
Centro de intenso fluxo populacional e fundamental para a economia de Maceió, a região central da capital alagoana evidencia o descaso do poder público em relação à infraestrutura de seus pontos de ônibus. A Rua do Comércio, um dos pontos nevrálgicos da cidade, onde se concentram lojas, mercados e centros médicos, revela a precariedade das condições oferecidas aos usuários do transporte coletivo.

Sem lugares para sentar ou abrigos que protejam do sol e da chuva, mulheres grávidas, crianças e idosos esperam por horas sob condições adversas. A cena cotidiana é marcada pelo desrespeito e pela omissão do poder público, que ignora as necessidades básicas da população que mantém a economia local em funcionamento.

A funcionária de uma empresa de RH localizada no Centro, Andressa dos Santos, grávida e mãe de dois filhos, expressou à reportagem sua indignação com a situação dos pontos de ônibus. “A gente fica em pé, sem abrigo, num sol de rachar ou debaixo de chuva. Como uma cidade que se diz turística pode tratar assim seus moradores?”, questiona.

A infraestrutura básica do calçadão também está em frangalhos: bancos quebrados, lixeiras jogadas ao chão e pisos danificados, expondo os pedestres a riscos diários. A situação é tão crítica que Maria Josefa, aposentada de 71 anos, relatou as dificuldades que enfrenta para se locomover pela cidade. “Tenho problema no joelho, mas não há ônibus direto para a Ponta Verde. Para ir ao médico, tenho que caminhar com sacolas pesadas até a Rua do Comércio. Isso é desumano”, lamenta.

A indignação se estende aos moradores de áreas mais afastadas, como um residente do Conjunto Cleto Marques Luz, que preferiu não se identificar. Ele criticou as péssimas condições dos ônibus e a falta de terminais adequados. “Os ônibus estão uma nojeira, sem terminais decentes. Se não acordar às 4 da manhã, só viaja em pé. E a linha direta do Cleto para a praia? Não existe”, denuncia. Ele ainda fez um apelo ao prefeito JHC, questionando: “Maceió é massa para quem?”.

A falta de iluminação adequada e a escassez de linhas de ônibus também são problemas recorrentes, como destacou Andressa. “Antes tinha identificação nos pontos e um pouco mais de cuidado, mas hoje está tudo abandonado. A iluminação é precária e não há bancos. As lojas ajudavam, mas agora está cada um por si. Precisamos de mais atenção do poder público”, exigiu.

A reportagem procurou a prefeitura para esclarecimentos, mas até o momento, não obteve resposta. O espaço permanece aberto para futuras atualizações. 

A situação caótica dos pontos de ônibus no Centro de Maceió é um reflexo direto da negligência governamental, que parece não reconhecer a importância de uma infraestrutura urbana eficiente e humanizada. A população, que já lida com as dificuldades do dia a dia, não deveria ser submetida a um transporte público de qualidade tão inferior. A cobrança por melhorias não é apenas justa, mas urgente.


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