“O Núcleo visita as escolas, identifica as crianças que não têm o registro completo, convoca as famílias para uma reunião com psicólogos e assistentes sociais para buscar informações sobre o caso, depois localiza o genitor ausente e, em uma audiência de conciliação, busca o reconhecimento espontâneo”, detalhou a magistrada Ana Florinda.
“A pessoa pode apresentar um sentimento de vazio, tristeza, abandono, discriminação, constrangimento (sobretudo em matrículas, documentos), rejeição, agressividade, baixa estima, insegurança, vergonha revolta e rebeldia (sobretudo se houve omissão, inverdade ou uma ‘morte inventada’ do pai biológico), ou seja, prejuízos no desenvolvimento psicológico e cognitivo, que podem atrapalhar o desenvolvimento e as relações sociais diversas”, detalhou Luciana Vieira que é Perita Judicial do TJ/AL na 26ª Vara Cível da Capital-Família, no Fórum Regional da Ufal.
“O efeito do reconhecimento paternal vai além do vínculo consanguíneo. É também subjetivo pra cada indivíduo. Qual foi a motivação além do direito? A busca pelo reconhecimento se deu em que fase da vida? Já foi na vida adulta?”, frisou Luciana Vieira.