15/05/2023 às 08h44min - Atualizada em 15/05/2023 às 08h44min

GOVERNO DE AL PAGA O 3º MAIOR SALÁRIO DO PAÍS E O MAIS ALTO DO NE

Reestruturação das carreiras proporcionou aos servidores públicos do Estado ganhos reais de até 40 pontos percentuais acima da inflação

Carlos Nealdo
Gazeta de Alagoas
De acordo com os dados, a média salarial paga pelo Poder Executivo estadual a todas as categorias é de R$ 6.264,03 | Imagem: Reprodução
O governo de Alagoas registrou este ano o pagamento da terceira maior média salarial do País entre servidores públicos estaduais, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (12), pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). De acordo com os dados, a média salarial paga pelo Poder Executivo estadual a todas as categorias é de R$ 6.264,03. O valor só é menor do que o desembolsado pelos governos do Distrito Federal (R$ 12.286,56) e do Amapá (R$ 7.158,70). A remuneração média paga aos servidores públicos do Estado fica acima de estados como o Rio de Janeiro, que remunera o funcionalismo público com média de R$ 5.990,97, Rio Grande do Sul (R$ 5.635,57), São Paulo (5.635,57), Mato Grosso (R$ 5.584,80), Paraná (R$ 5.534,03) e Santa Catarina (R$ 5.457,87). O levantamento da Seplag mostra ainda que a remuneração média feita pelo governo de Alagoas aos servidores públicos estaduais é a maior entre os Estados nordestinos. Na região, Sergipe aparece em segundo lugar do ranking, com média salarial de R$ 5.229,40, seguido do Rio Grande do Norte (R$ 4.505,92), Pernambuco (R$ 4.442,45), Piauí (R$ 4.061,67) e Bahia (R$ 4.010,90). Para se ter uma ideia da média salarial recebida pelos servidores públicos alagoanos, a remuneração feita pelo governo de Alagoas é 66,7% maior do que a desembolsada pelo Estado do Maranhão – último lugar no ranking –, cuja média é de R$ 3.757,05. Também é 64,5% maior que a remuneração da Paraíba (R$ 3.807,82), e 56,6% acima dos salários pagos pelo governo do Ceará (R$ 3.998,21). A secretária Especial de Gestão e Patrimônio da Seplag, Karine Silva, ressalta que a boa posição de Alagoas no ranking nacional se deve à reestruturação da carreira do servidor público, que permitiu remuneração salarial com ganhos acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País. Ela explica que entre 2019, quando foi iniciada a reformulação da carreira do funcionalismo público estadual, até 2022, quando o projeto foi consolidado, houve um impacto nos salários em torno de 40 pontos percentuais acima da inflação do período, que foi de 27%. “Teve carreira em que a reestruturação registrou um impacto maior, como, por exemplo, as carreiras de níveis elementar e médio. Nessas áreas, o impacto salarial foi de mais de 50%”, informa Karine Silva. “Quando alguém ingressa no serviço público hoje, ou seja, no início da carreira, esse impacto é de 98% para os níveis elementar e médio em termos salariais”, ressalta. Karine Silva defende que a reestruturação da carreira dos servidores públicos foi fundamental para proporcionar ganhos reais muito acima da inflação. Segundo ela, o fato de Alagoas ser pagar a terceira maior média salarial do País tem algumas singularidades em favor do Estado. “O Distrito Federal, que aparece em primeiro lugar no ranking, é uma unidade da federação formada essencialmente por servidores públicos, o que o torna um caso à parte – e que não deveria nem fazer parte do ranking. Já o Amapá é um estado novo, sem endividamento, com uma capacidade financeira maior tem atraído pessoas de fora, daí pagar salários maiores”, explica.


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