ReproduçãoCelio Herculano da Silva, mais conhecido como Mamulengo das Alagoas, cresceu no ambiente cultural rico de Alagoas. Desde criança, Celio esteve imerso na música e na dança nordestina, ouvindo forró, lambada e diversos outros ritmos. Seu interesse pelo universo cultural nordestino foi incentivado por seu vizinho, que o levava para assistir apresentações de pastoris e coco de roda. Esse envolvimento despertou em Celio a paixão pela cultura e a vontade de criar sua própria história cultural.
Início na Carreira Artística
Desde jovem, Celio participava das quadrilhas juninas e construía palhações para as festividades. Seu talento e dedicação o levaram a ser convidado para se apresentar em bailes e hotéis de Maceió, incluindo a famosa casa de forró "Lampião". Foi lá que ganhou o apelido de "Mamulengo" devido à sua maneira molenga de dançar, dado pelo zabumbeiro Edinho.
Criação da Banda Os Mamulengos do Forró
Em 1988, nasceu oficialmente Mamulengo das Alagoas. Celio, junto com outros músicos, começou a se apresentar regularmente na casa de forró Lampião, onde criou a famosa "Dança da Boneca". A combinação única de música e performance cativou o público, e Celio levou essa energia para apresentações em hotéis como Jatiúca, Melia e Maxubara, encantando turistas e locais.
Expansão e Reconhecimento
A banda Os Mamulengos do Forró não parou por aí. Eles expandiram suas apresentações para casas de shows, festas de casamento, eventos comemorativos, prefeituras e programas de TV locais e nacionais. O enredo do grupo é autoral e conta a história de um boneco que ganha vida com o som do forró. A batida da zabumba, o balanço do triângulo e o estremecer da sanfona trazem o boneco à vida, criando um espetáculo único e vibrante.
Contribuições Artísticas e Culturais
Mamulengo é filho de um artista plástico e uma costureira, que ajudaram a dar vida ao personagem do boneco e sua boneca de pano. Celio Herculano é também o criador da coreografia da "Dança da Boneca", registrada pela Sociedade Brasileira dos Autores Teatrais do Brasil (SBAT). Sua trajetória é um exemplo de dedicação à preservação e promoção da cultura nordestina através da música e da dança.
