24/11/2023 às 02h51min - Atualizada em 24/11/2023 às 02h51min

Briga entre irmão e cunhada de prefeito de Maceió termina com dois policiais presos administrativamente

Polícia Militar apura porque agentes não conduziram vítima para a delegacia e dexaram ela ser conduzida por militares que seriam ligados a JHC

Por Fernanda Alves | O Globo
Briga entre casal acaba com dois PMs presos administrativamente - Foto: Reprodução
A discussão entre o casal teria ocorrido na noite de sábado, quando, de acordo com o boletim de ocorrência, a PM foi acionada para atuar em uma ocorrência de violência doméstica. Chegando no local, Isadora Martins afirmou que havia discutido com seu noivo e que ele havia se trancado no quarto, impedindo que ela retirasse seus pertences. Ela afirmou ainda que não havia sido agredida pelo parceiro.

No local, além do casal, estavam ainda dois militares que seriam ligado ao prefeito JHC, o subtenente Gilvan e o bombeiro major Luiz Diego, que chegou a ser anunciado em 2022 pelo gestor municipal como seu candidato ao Senado em 2022, mas que acabou não concorrendo à eleição. Os dois foram os responsáveis por levar Isadora para a delegacia, onde o caso foi registrado. No unidade policial, ela informou que "acionou a polícia porque ficou nervosa e que não tinha interesse em registrar um boletim de ocorrência". Ela disse ainda "que não havia sido ameaçada nem agredida fisicamente pelo noivo" e não quis que fosse uma medida protetiva contra o parceiro.

A Polícia Militar prendeu administrativamente os dois militares que atenderam a ocorrência para apurar as circunstâncias da condução do casal para a delegacia, que teria sido feita por dois militares que não tinham relação com o caso. A PM pediu ainda a apresentação do subtenente Gilvan Cabral, que também seria preso administrativamente, mas ele até o momento não se apresentou. O militar foi ainda beneficiado com um habeas corpus preventivo.

De acordo com uma portaria expedida pelo comandante da PM de Alagoas, Gilvan teria descumprido uma ordem de comparecer na sede da Unidade de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (ROTAM) até às 9h desta quarta-feira. Em outro documento da PM, onde é determinada a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o militar, há a justificativa é de que ele "em tese, teria retirado de forma indevida uma vítima de violência doméstica e que estava sob custódia de policiais militares que atendiam a ocorrência".

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Comentários »
  • Fernanda escreveu:
    24/11/2023 às 08h06min

    Importante registrar que briga não se adequa ao que ocorreu. Houve sim violência doméstica de um homem contra uma mulher. Covardia que fala né?

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