02/11/2023 às 10h53min - Atualizada em 02/11/2023 às 10h53min

​Prefeitura de Maceió divulga informação falsa ao negar apoio a festival do bumba meu boi

Nota da Secom de Maceió diz que o cancelamento se daria por falta de orçamento.

Por Assessoria
Imagem: Ilustração/Reprodução
Pela primeira vez em 30 anos, Maceió pode ficar sem o Festival do Bumba Meu Boi, uma das festas mais populares do calendário da capital alagoana. A prefeitura da capital propôs o cancelamento do evento, programado para o próximo mês de dezembro, alegando falta de orçamento na Secretaria Municipal de Cultura.
"A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (Semce), recém-criada, informa que o adiamento acontece para viabilizar a realização de um grande evento e marcar a 30ª edição do Concurso de Bumba Meu Boi, em fevereiro de 2024, quando os recursos financeiros já estarão disponíveis", diz a nota da Secom de Maceió, explicando que o cancelamento se daria por falta de orçamento.

No entanto, a nota da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Maceió não corresponde aos fatos. A informação é falsa. Dois decretos publicados no Diário Oficial do município de Maceió destinaram à recém-criada Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (Semce) mais de R$ 10 milhões em Orçamento.

O valor do patrocínio negado à Liga do Bumba Meu Boi é de R$ 240 mil, o suficiente para realizar o evento. O decreto municipal Nº 9493 de 12 de julho destinou para a secretaria o valor de R$ 1.028.313,00 para viabilizar a gestão e pagamento da folha. Já o decreto Nº 9537 de 10 de agosto adicionou um crédito suplementar em favor da pasta no valor de R$ 8.760.827,51.

A Semce tem, de acordo com dados do portal da transparência, mais de R$ 8 milhões possíveis de serem utilizados na realização de atividades culturais.

Essas informações contradizem o que a Prefeitura de Maceió alegou, através da Secom e Semce, para justificar a suspensão do histórico Festival do Bumba Meu Boi. O descaso com a cultura local prejudicará mais de 3 mil pessoas diretamente e outras 50 mil que acompanham o festival.

Entre os organizadores, o clima é de revolta. O presidente da Liga, Allan Vitor, disse que a atividade envolve várias comunidades da periferia de Maceió: "Serralheiros, pintores, músicos, cantores", detalha. "Além da movimentação nos bairros, torcedores e outros atores indiretamente envolvidos com a atividade", completou, em entrevista à TV Gazeta.


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