14/12/2023 às 21h31min - Atualizada em 14/12/2023 às 21h31min

Ibovespa bate máxima histórica e analistas estão otimistas: Cenário tem queda de juros e olho no exterior

Euforia persiste, atingindo nova máxima histórica intradia nesta quinta-feira (14/12), impulsionada pelo cenário de corte de juros e perspectiva de redução pelo Federal Reserve.

Por Urbs Magna
Reprodução
Mesmo com algumas análises de que o Comitê de Política Monetária (Copom) trouxe sinais mais hawkish (duros) com relação à política monetária na véspera, o Ibovespa segue a euforia do último pregão e chegou a renovar a máxima histórica intradia na manhã desta quinta-feira (14), com a continuidade das altas em meio ao cenário de corte de juros por aqui e também com a visão de corte de juros pelo Federal Reserve.

Já na máxima do dia desta quinta, o índice foi aos 131.295 pontos, logo durante a manhã. Às 10h37 (horário de Brasília), a alta era menor, mas ainda expressiva, de 1%, a 130.765 pontos.

Cabe ressaltar que, ontem, o  Ibovespa teve uma sessão de forte ânimo ao subir 2,42%,  aos 129.465,08 pontos, maior nível de fechamento desde 24 de junho de 2021, então aos 129.513,62 pontos. Com isso, o benchmark da Bolsa precisaria de apenas de uma alta de 0,98% da sua cotação máxima de fechamento, que aconteceu em 7 de junho de 2021, quando atingiu os 130.776 pontos (a máxima intradia naquela sessão foi de 131.190 pontos), o que ocorreu.

Na véspera, o movimento de euforia aconteceu após a decisão de política monetária do Federal Reserve, às 16h (horário de Brasília).

Conforme esperado, o BC americano manteve, em decisão unânime, a taxa de juros de referência na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. E o gráfico de pontos, mais aguardado do que o próprio comunicado, mostrou que 15 dirigentes do Fed veem juros entre 4,25% e 5% em 2024 – e que a maioria dos dirigentes espera juros entre 3% e 4% até o fim de 2025.

Em suma, a leitura do mercado, ante as indicações de tarde do Fed, é de que os juros na maior economia do mundo, de fato, já passaram do ponto mais alto do ciclo de elevação dos custos de crédito e, para frente, tendem a ser acomodados em níveis mais compatíveis ao apetite por risco – ou seja, haverá cortes na taxa de referência dos EUA, logo adiante, como antecipava o mercado.

De acordo com dados da CME, o mercado vê agora 76,1% de chance de que o Federal Reserve iniciará cortes de juros já em março de 2024. Os ganhos se acentuaram com a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, que começou às 16h30, em que os sinais ‘dovish’ acabaram prevalecendo na leitura do mercado.

Logo após o Fed, depois do fechamento do mercado de ontem, foi a vez da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros. A expectativa de consenso era por um novo corte de 0,50 ponto porcentual na Selic, trazendo a taxa de juros de referência no Brasil de 12,25% para 11,75% ao ano, o que ocorreu.

Contudo, o comunicado veio ligeiramente mais duro do que o esperado pelo mercado, refletindo a manutenção de uma postura cautelosa por parte do comitê no processo de condução da política monetária, mesmo diante da melhora da conjuntura econômica global e doméstica no período entre reuniões.

 

“Se por um lado, o comunicado do Copom deixa sinalizado que há pouca margem para a aceleração do ritmo de corte de juros, a decisão do Fed abre espaço para observamos uma Selic ao final do ciclo abaixo de dois dígitos. Nesse contexto, mantivemos a nossa projeção de Selic terminal em 9,75% a.a., entretanto, retiramos o viés altista em relação ao nosso cenário base, em função da antecipação dos cortes de juro nos EUA do final do ano para a virada do primeiro para o segundo semestre de 2024”, apontou a Genial Investimentos em análise.


Os dados de varejo mais fracos do que o esperado e os sinais de arrefecimento da inflação acabaram abrindo margem para a queda dos juros futuros e para visões de que o Copom pode estender o corte de juros, ainda que o comunicado do BC brasileiro tenha sido mais conservador.

Neste sentido, analistas de mercado seguem positivos com a Bolsa brasileira, já de olho também em 2024.

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