04/11/2023 às 06h13min - Atualizada em 04/11/2023 às 06h13min

Repórter desabafa sobre guerra e emociona âncora de telejornal; vídeo

Salman Al-Bashir, da Palestine TV, comentou sobre a morte de Mohammad Abu Hattab após bombardeio de Israel. Âncora do jornal chorou ao vivo

Por Maria Eduarda Portela - Metrópoles | Com Vital News
Reprodução
Salman al-Bashir, jornalista do canal de TV da Autoridade Palestina, desabafou durante uma transmissão ao vivo ao comentar a morte do colega Mohammed Abu Hatab, que morreu em Gaza após um bombardeio do Exército de Israel. Enquanto al-Bashir falava, a âncora do telejornal não conteve as lágrimas e chorou no ar.

Hatab faleceu ao lado de toda a família em Gaza. Poucas horas antes do bombardeio de Israel, o jornalista estava no hospital da região fazendo uma reportagem. Logo depois, ele foi levado para o mesmo local, mas como vítima do conflito.

“Não aguentamos mais, estamos exaustos. Somos vítimas. Somos mortos um após o outro. E ninguém se preocupa com a magnitude da catástrofe ou com o crime que sofremos em Gaza”, lamentou ao vivo al-Bashir.

 


Revoltado com a situação, o jornalista retirou todo o seu equipamento especial de imprensa e afirmou que “não há proteção internacional, não há proteção para nada. Estes coletes e capacetes não protegem nenhum jornalista, são apenas símbolos que usamos. Somos vítimas, vítimas ao vivo no ar”.

“Estamos perdendo nossas vidas, uma após a outra, sem garantia alguma. É questão de tempo. Somos vítimas aguardando a nossa vez. Mohammad esteve aqui há meia hora [para a reportagem]. Agora, ele está morto com sua família neste mesmo hospital”, completou o jornalista da TV da Autoridade Palestina.


Salman al-Bashir acrescentou ainda que acredita que “vamos todos morrer aqui, é só uma questão de tempo”.

Veja o relato completo do jornalista:




Guerra

As Forças Armadas de Israel têm realizado uma série de ataques contra Gaza, tanto aéreos como terrestres. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 9 mil pessoas morreram na região devido ao conflito e outras 22 mil estão feridas.

Os ataques se intensificaram depois que membros do grupo extremista Hamas invadiram Israel em 7 de outubro e mataram mais de 1,4 mil israelenses e capturaram cerca de 200 reféns.

As autoridades militares de Israel defendem que os bombardeios se concentram contra membros e infraestruturas do Hamas. Além disso, as forças israelenses pedem que a população de Gaza se desloque para o sul. Grupos humanitários defendem que não há lugar seguro para fugir de Gaza.


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